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Fonte: Migalhas
CETESB lança nova edição do Manual de Áreas Contaminadas, ampliando segurança jurídica, eficiência regulatória e oportunidades de reabilitação ambiental.
A decisão de diretoria 048/25 da CETESB inaugura uma nova fase na política ambiental paulista ao aprovar a terceira edição, revisada e ampliada, do Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas. Referência técnica desde os anos 1990, o documento passa a incorporar avanços metodológicos e normativos que tornam mais eficiente e juridicamente segura a reabilitação de áreas com passivos ambientais - com impactos diretos sobre os setores imobiliário, industrial e de infraestrutura.
1. Reorganização normativa e segurança jurídica
A nova edição consolida as diretrizes da decisão de diretoria 056/24, que simplificou e agrupou as etapas do processo de gestão ambiental. O gerenciamento passa a ser estruturado em três blocos operacionais, cada um encerrado por parecer técnico formal emitido pela CETESB:
Essa formalização é juridicamente relevante por três razões centrais:
Para investidores, empreendedores e gestores públicos, essa estrutura confere maior previsibilidade e segurança jurídica, especialmente em projetos que envolvem aquisição, desenvolvimento ou financiamento de áreas com histórico de contaminação.
2. Impactos sobre responsabilidade ambiental e due diligence
A nova sistemática reforça o papel da due diligence ambiental como ferramenta jurídica e estratégica. Com a clareza metodológica dos blocos, empresas e investidores passam a contar com um roteiro técnico validado pela autoridade ambiental, o que:
3. Reabilitação e reutilização: Potencial econômico e legal
Mais do que um instrumento regulatório, o Manual se consolida como ferramenta estratégica para viabilizar a reabilitação e reutilização de terrenos contaminados. Ao promover a recuperação de solos e águas subterrâneas, a iniciativa da CETESB contribui para:
Do ponto de vista jurídico, essa abordagem permite a requalificação legal da área, com potencial para alteração de zoneamento, obtenção de licenças urbanísticas e reinserção no mercado de forma segura e sustentável.
4. Recomendações estratégicas
A nova edição do Manual não apenas atualiza procedimentos técnicos, mas redefine o papel da CETESB como agente de segurança jurídica e desenvolvimento sustentável. Para empresas que atuam em setores regulados, trata-se de uma oportunidade concreta de transformar passivos em ativos - com respaldo técnico, previsibilidade legal e potencial econômico.
Recomenda-se:
A nova estrutura normativa representa oportunidade concreta de transformar passivos ambientais em ativos produtivos. Escritórios de advocacia, consultorias ambientais e gestores de fundos imobiliários devem estar atentos às novas diretrizes, que podem impactar diretamente a viabilidade de projetos de reurbanização, expansão industrial e desenvolvimento logístico.
Executivos e tomadores de decisão em setores como infraestrutura, construção civil, energia e agronegócio devem considerar a atualização do Manual como um marco regulatório que favorece a segurança jurídica e a previsibilidade técnica - elementos essenciais para decisões estratégicas em ambientes regulados.